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COMPREENSÃO DA TÉCNICA PSICANALÍTICA



 No desenvolvimento da personalidade do homem, o mesmo revela uma série de intermináveis conflitos e acordos psíquicos. Freud fez algumas recomendações, aos que pretendem trabalhar e compreender os conflitos existentes entre, o id e o superego. Para este trabalho são recomendados, o método da associação livre e o procedimento da transferência. Onde o principal objetivo das mesmas é, liberar materiais inconscientes antes inacessíveis, de modo que a repressão foi muito bem executada.


Durante a associação livre o paciente permite que o analista desligue a sua cadeia significante, pois o paciente discursa sem perceber o real significado de suas palavras, não as pontua, então, o analista ira ajudá-lo a pontuar o seu discurso; observar se o mesmo foge de certos assuntos e porque foge. Para que isso ocorra, o analista deve ativar a sua memória inconsciente, pois não é impossível memorizar tudo que o paciente fala, no entanto, como o analista trabalha também com o seu próprio inconsciente, é de suma importância que o mesmo faça análise, ou seja, que conheça o seu inconsciente.

Durante o discurso do paciente, o analista deve manter o seu suposto saber hipotético, ser somente o reflexo do desejo do paciente e, esperar até que ocorra a transferência. Ser o reflexo, é deixar de ser, esse deixar de ser, envolve um grande preço, a valorização desse trabalho; “não somos”, quer preço maior? No entanto ninguém deixa de ser de graça.

Quando ocorre a transferência, o paciente repete atitudes, idéias passadas e, que só mudaram de sujeito. Com isso o analista irá pontuar o seu discurso, para que o próprio analisado dê um significado ao seu significante, e, permitir que o mesmo se manifeste, dando um real sentido ao seu discurso.

O nome do pai é o início das respostas do paciente, onde o analista irá interpretar, pois a análise trás a tona o recalcado ou, a suposta ausência......Uma vez que o paciente consegue  fazer ligações com a ajuda do analista, de coisas que antes achava não lembrar, pode se dizer que o mesmo jamais o tinha esquecido.

O paciente começa a trabalhar para sua própria cura, numa  seqüência  de repetições, recordações e elaborações das mesmas, ele monta o seu próprio quebra-cabeça, sem intromissão do analista, pois o analista só propicia a cura, quem trabalha mesmo é o paciente.



 Bibliografia: Obras completas de Sigmund Freud,Vol.XII. Testos: Recomendações aos médicos que exercem psicanálise; Sobre o início do tratamento; e, Recordar, Repetir e Elaborar


  Postado por Vanusa Ferreira Marques

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